Cidade oculta

(Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin e Roberto Riberti)

Na cidade só chovia
Noite imensa, só havia
Luminosos, agonia
E a vida escorria pela escuridão

Nossas ruas eram frias
Como os homens desses dias
Engrenagens tão sombrias
Esquecidas pelos deuses
A pulsar em vão

Misteriosamente uma andróide
Gritou docemente
Me mostrou a vida
Me encheu de cores
Desenhando um holograma em meu coração
Com seus olhos foi pintando um dia
Reinventando a alegria, brancas nuvens de verão
E a poesia de repente volta a ter razão