Disritmia

(Martinho da Vila)

Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir meu sangue
Pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixa te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos

Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia
Vem logo, vem curar seu nego
Que chegou de porre lá da boemia