Faz como eu

(Mário Lago e Ataulpho Alves)

Há uma lágrima sentida
Que em teus olhos se escondeu
Deixa a lágrima escondida
E vem cantar como eu
Há um gemido angustiado
Que teu peito emudeceu
Deixa o gemido guardado
E vem cantar como eu
Pois o mundo não entende
Tua mágoa, tua dor
E a mulher não compreende
Como é grande o teu amor
Se esta lágrima pretende confessar
Um grande bem
Sofrerás como eu sofri também
Faz da mágoa o lindo tema do mais
Cínico poema que um poeta
Já escreveu
Faz como eu, faz como eu