(Boris Vian e Alain Goraguer - versão de Letícia Coura e Beatriz Azevedo)
Se levantou quando eu cheguei
De pé era ainda mais mignon
Esse tá no papo logo eu pensei
Esse baixinho é pro meu edredom
Do tamanho de um bibelô
Mas era forte um bofe louco
Me seguiu até o meu chatô
E eu gritei vai nessa, meu lobo!
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Me manda pro céu, zum!
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Eu gosto assim, quando faz bum!
Já estava só de meias, no conforto
Lindas meias, mas rasgadas
Me olhou com cara de peixe morto
Não pescava nada, o babaca
Ele me disse com jeito de moça
Eu não faria mal a uma mosca
Ele me irritou
Lasquei-lhe um tabefe
E sussurei com ar de blefe
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Não sou uma mosca, zzzzzum!
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Eu gosto assim, quando faz bum!
Constatando que ele não se excitava
Eu parti logo pra baixaria
Seu broxa você não é de nada
Nada mesmo do que eu queria
Isso mexeu com a sua honra
Ele me disse para com esse escracho
Você me trata como um pamonha
Eu vou lhe mostrar o quanto eu sou macho
Assim não, Johnny, Johnny, Johnny
Não com esse pezão, zing!
Assim não, Johnny, Johnny, Johnny
Eu detesto assim, quando faz bing!
Vestiu de novo seu pequeno casaco
Sua pequena camisa, seus pequenos sapatos
Sumiu dali sem dar um gemido
Me deixando com cara de pão dormido
Pra grosseirões dessa raça
Não trabalho mais, muito menos de graça
Agora ele foi embora
E me deixou aqui toda roxa toda machucada
Também nunca mais dou essa mancada e digo
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Me manda pro céu, zum!
Bate em mim, Johnny, Johnny, Johnny
Eu gosto assim, quando faz bum!