A balada do cachorro louco

(Lenine, Lula Queiroga e Chico Neves)

eu não alimento nada duvidoso
eu não dou de comer a cachorro raivoso
eu não morro de raiva
eu não mordo no nervo dormente

eu posso até não achar o seu coração
e talvez esquecer o porquê da missão
que me faz nessa hora aqui presente
e se a minha balada na hora h
atirar para o alvo cegamente
ela é pontiaguda
ela tem direção
ela fere rente
ela é surda, ela é muda
a minha bala, ela fere rente

eu não alimento nenhuma ilusão
eu não sou como o meu semelhante
eu não quero entender
não preciso entender sua mente
sou somente uma alma em tentação
em rota de colisão
deslocada, estranha e aqui presente

e se a minha balada na hora então
errar o alvo na minha frente
ela é cega, ela é burra
ela é explosão
ela fere rente
ela vai, ela fica
a minha bala ela fere rente