Exílio e paraíso

(Guinga e Aldir Blanc)

Eu queria ser o ser de outro alguém
e o perigo é não ser mais ninguém.
Estrada estreita a vereda do amor
mas que descamba no infinito...
onde meu grito vira sussurro,
onde o abajur deslumbra
quem se oculta na penumbra e murmura boleros...
Paz de violão que o coração disparando em mim,
ai, contradiz...
Estrada estranha a vereda do amor,
luas e lírios onde piso,
onde o exílio e o paraíso são quase uma coisa só,
onde a crueldade é só
é o retorno é o degredo...
Giro no Baile Perdido dos meus 15 anos...
vem a mulher de vermelho e
encantos ciganos violar meus segredos...
Ao olhar no espelho há amores tais que o par só vê um,
ninguém mais...