E lá vou eu

(João Nogueira e Paulo César Pinheiro)

E lá vou eu
Melhor que mereço
Pagando a bom preço
A evolução
Ai, se não fosse o violão
E o jeito de fazer samba
Do tempo que quem fazia
Corria do camburão
Hoje não corre não
Hoje o samba é decente
E ninguém agüenta, oh, gente
A força de um samba não

Pois que faz samba fala
E quem fala, atenção!
Força nenhuma cala
A voz da multidão
E cantar inda vai ser bom
Quando o samba primeiro
Não for prisioneiro
Desse desespero
E resignação
E lá vai minha voz
Espalhando então
O meu samba guerreiro
Fiel correio
Da população