Pequena seresta

(Mozar e Gilvandro Filho)

O calendário mostra um novo dia
E a ventania canta na janela
Um alvoroço beirando a harmonia
E o sol que entra pelo quarto dela

Algum vestígio puro de saudade
Minha alma invade e brinca no salão
Onde o meu verso brinca com vontade
De lhe tomar de novo pela mão

Pra que deixar a madrugada triste?
Melhor fingir que sou o seu cantor
E me juntar ao que de bom existe
Poder ser dela o que sei que não sou

Fazer duetos com minha esperança
Terçar cantigas novas e antigas
Até que o dia passe e a lua mansa
Nos ilumine com sua luz amiga

Então o dia terá sido festa
E então vou ter motivos pra sonhar
No fim de tudo fica uma seresta
Que um dia espero pra ela cantar